Nos últimos anos, um novo termo começou a circular em noticiários e redes sociais: mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos. Mas afinal, o que é mpox e por que essa doença tem gerado preocupação em autoridades de saúde pública ao redor do mundo?
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre maio de 2022 e janeiro de 2024 foram notificados mais de 94 mil casos confirmados de mpox em mais de 110 países. Embora a maioria dos casos não seja grave, a doença tem potencial para surtos localizados e requer vigilância.
Neste artigo completo, você aprenderá:
- O que é mpox, suas causas e sintomas;
- Como ela é transmitida e formas de prevenção;
- Tratamentos disponíveis e situação atual no Brasil e no mundo;
- Exemplos reais e estudos de caso;
- Fontes confiáveis e recursos extras para aprofundar seu conhecimento.
Continue a leitura para entender como se proteger e contribuir com a contenção da doença.

O Que é Mpox?
A mpox é uma doença viral causada pelo Monkeypox virus (MPXV), um ortopoxvírus da mesma família da varíola humana (já erradicada globalmente em 1980). A doença foi identificada pela primeira vez em 1958 em macacos de laboratório, o que originou seu nome antigo. Contudo, o nome foi alterado para “mpox” para evitar estigmatização e preconceitos raciais e sociais.
Como Acontece a Transmissão?
O contágio ocorre principalmente por meio de:
- Contato direto com lesões na pele, crostas ou fluidos corporais;
- Objetos contaminados, como roupas, toalhas ou superfícies;
- Gotas respiratórias, especialmente em ambientes fechados ou com contato prolongado;
- Contato sexual, inclusive entre parceiros do mesmo sexo, embora mpox não seja classificada como IST.
Estudos recentes demonstraram que mais de 90% dos casos registrados em 2022 ocorreram entre homens que fazem sexo com homens (HSH), evidenciando a necessidade de estratégias de saúde direcionadas, mas sem estigmatização.
Quais São os Sintomas?
Os sintomas surgem entre 5 a 21 dias após o contágio e incluem:
- Febre alta;
- Dor de cabeça;
- Dores musculares e nas costas;
- Linfonodos inchados (ínguas);
- Lesões ou erupções na pele, muitas vezes começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo;
- Fadiga intensa.
Em geral, os sintomas duram de 2 a 4 semanas e, na maioria dos casos, a mpox é autolimitada, ou seja, desaparece sozinha com o tempo.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais, especialmente por PCR de material coletado das lesões. Em casos graves, pode ser necessária internação hospitalar.
Atualmente, não há tratamento específico para a mpox, mas medicamentos antivirais como tecovirimat têm sido usados em casos mais graves, com resultados positivos. O tratamento é basicamente sintomático: controle da febre, dor e prevenção de infecções secundárias.
Vacinas Disponíveis
A vacina contra a mpox é uma adaptação da vacina contra a varíola tradicional, como a Jynneos (também conhecida como Imvanex na Europa), baseada em um vírus vaccinia modificado. Ela tem sido aplicada em públicos de risco, com boa eficácia na prevenção da doença.

“A vacina contra a mpox reduz significativamente a probabilidade de infecção e evolução para quadros graves. Ela é recomendada para populações vulneráveis e profissionais de saúde em contato com casos suspeitos.” — Ministério da Saúde do Brasil
Como Prevenir e Lidar com a Mpox 🚨
1. Evite contato direto com pessoas infectadas
- Não toque em lesões ou feridas abertas
- Use luvas descartáveis em caso de cuidados domiciliares
2. Higienize objetos pessoais e superfícies
- Lave roupas de cama e toalhas com água quente e sabão
- Use desinfetantes em superfícies tocadas frequentemente
3. Mantenha boa higiene das mãos
- Lave as mãos com água e sabão
- Use álcool em gel 70%
4. Use máscaras em ambientes com risco de transmissão
- Especialmente em locais fechados e com aglomeração
5. Evite contato íntimo com desconhecidos ou parceiros não regulares
- Converse sobre sintomas e riscos com seus parceiros
6. Fique atento a sinais no corpo
- Qualquer erupção estranha, consulte um médico
Caso 1: Surto de mpox em São Paulo
Em agosto de 2022, a cidade de São Paulo registrou mais de 1.700 casos confirmados de mpox. A prefeitura montou centros de testagem e isolou casos suspeitos, reduzindo significativamente a curva de contágio nos meses seguintes.
Caso 2: Relato de Paciente em Recife
Carlos, de 28 anos, relatou sentir-se com febre e dores no corpo por dois dias antes de surgirem erupções na pele. Após testagem positiva, foi isolado por 21 dias. Ele afirma:
“Achei que era uma alergia, mas as feridas doíam muito. Fui atendido no SUS e tratado com medicação para dor e febre.”
Caso 3: Profissional de Saúde Infectado
Uma enfermeira no Rio de Janeiro contraiu mpox após contato com secreção de paciente não diagnosticado. Após recuperação, ela reforçou a necessidade de EPIs e protocolos claros nos hospitais.
A mpox é uma doença viral com sintomas geralmente leves, mas que pode trazer complicações em alguns casos. A informação correta, o cuidado com a higiene e a busca por atendimento médico são as principais ferramentas para prevenção e controle.
Resumo dos principais pontos:
- Mpox é causada por um vírus da família da varíola;
- Transmissão ocorre por contato direto com feridas e superfícies contaminadas;
- Os sintomas envolvem febre, dores e erupções cutâneas;
- O tratamento é sintomático e existem vacinas preventivas.
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Recursos Extras e Fontes 📖
- Organização Mundial da Saúde (OMS): https://www.who.int
- CDC (Centers for Disease Control and Prevention): https://www.cdc.gov/poxvirus/monkeypox/index.html
- Ministério da Saúde: https://www.gov.br/saude/
- NEJM: https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa2207323
- Revista The Lancet Infectious Diseases: https://www.thelancet.com/journals/laninf